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Notícias e Eventos

Indústria quer aumentar jornada de trabalho para 80 horas semanais 18/07/2016

Indústria quer aumentar jornada de trabalho para 80 horas semanais

É isso mesmo que você leu. A proposta de jornada de 80 horas semanais é do presidente da Confederação Nacional da Indústria, Robson Braga de Andrade, e foi feita logo depois de uma reunião com o presidente interino, Michel Temer dia 08 de julho, da qual participaram cerca de 100 empresários.

O presidente da CNI não vê problema nenhum no fato de o trabalhador ter uma jornada diária de 12 horas diárias e ter apenas tempo livre para dormir. E criticou a bandeira histórica da CUT, de reduzir a jornada de 44 para 40 horas semanais.

Na opinião dele, para o governo diminuir o rombo nas contas públicas serão necessárias "mudanças duras" tanto na Previdência Social quanto nas leis trabalhistas.

"É claro que a iniciativa privada está ansiosa para ver medidas duras, difíceis de serem apresentadas. Por exemplo, a questão da Previdência Social. Tem de haver mudanças na Previdência Social”, disse Andrade, defendendo também a implementação de reformas das leis trabalhistas que aumentem a jornada de trabalho.

Para justificar a proposta que foi levada a Michel Temer, o presidente da CNI citou o exemplo da França, que mudou a legislação trabalhista por decreto (leia aqui). “O mundo é assim e temos de estar aberto para fazer essas mudanças. Ficamos ansiosos para que essas mudanças sejam apresentadas no menor tempo possível", destacou o empresário.

Volta da escravidão
O presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT), Paulo Cayres, rechaçou a proposta e enfatizou que isso “é apenas o começo do retrocesso caso o golpe contra o mandato da presidenta Dilma Rousseff e contra a democracia se consolide no Brasil”.

O sindicalista argumentou que a flexibilização total da legislação trabalhista e a ampliação da idade para aposentadoria são dois dos principais motivos pelos quais o golpe está em curso no Brasil. “Os empresários, apoiados pelo golpista Temer e seus representantes no Congresso Nacional, querem a volta da escravidão no Brasil”, considerou Cayres. Ele lembrou ainda que o vice-presidente da Fiesp, Benjamin Steinbruch, já defendeu recentemente que trabalhador não precisa ter uma hora de almoço.

Para o presidente da CNM/CUT, os trabalhadores têm de dar uma resposta à altura e lutar com toda intensidade para defender os seus direitos e impedir que o golpe avance. “Nossa resposta tem de ser nas ruas porque não podemos e não vamos permitir que nossos direitos sejam substituídos por correntes invisíveis que levem à classe trabalhadora se tornar escrava da ganância da elite econômica e política no Brasil”, alertou.

(Fonte: Assessoria de Imprensa da CNM/CUT, com informações da Agência Brasil)

 

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