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16/05/2017
Ex-trabalhadores da Millano protestam com fogo em pneus
Ex-trabalhadores protestam com fogo em pneus em frente à metalúrgica
Com fogo nos pneus, os cerca de 140 ex-trabalhadores da Metalúrgica Millano, no bairro Santa Luzia em Criciúma protestam hoje pela manhã (16), em frente à empresa para impedir a entrada dos novos administradores. A recuperação judicial concedida no último dia 10 pegou todos de surpresa. “Foi uma traição contra os trabalhadores demitidos e contra o Sindicato. Nas conversas que tivemos com administração da Millano eles haviam demonstrado boa intenção para pagar com o patrimônio e, agora ganharam a recuperação”, criticou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Criciúma e Região, Francisco Pedro dos Santos. Os ex-funcionários estão acampados desde o dia 20 de abril em frente à Millano aguardando a ordem da justiça para a liberação das máquinas. O aresto e a remoção de todo o patrimônio da empresa estimado em R$ 5 milhões foi deferido pela Justiça do Trabalho dia 24. O advogado do Sindicato, Saulo Cunha Cardoso explica que com a recuperação judicial o processo para e fica tudo trancado. “Uma parte das máquinas que eram de uma empresa terceirizada estava sendo negociada por uma nova metalúrgica que iria absorver cerca dos 70 trabalhadores demitidos na Millano. Agora terão que aguardar a posição da justiça se vai esperar o prazo da recuperação ou se irá mandar vender os bens para quitar as divida com os trabalhadores”, pontua Saulo.
Entenda o caso: O problema na metalúrgica vem se arrastando desde janeiro até abril deste ano quando a empresa efetuou a demissão de todos os trabalhadores sem que houvesse pagamento das verbas rescisórias. Os salários estão atrasados deste dezembro de 2016 e nos últimos dois anos o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) não era depositado.